A Campanha da Fraternidade Ecumênica está gerando uma boa revirada e fazendo as cobras e lagartos (não ofendendo os animaizinhos) a saírem de suas tocas, de seus esconderijos em meios de comunicação. A esperteza da serpente continua ainda hoje, não é somente do tempo do Gênese. Calma e engenhosamente tenta confundir e prejudicar o ser humano, destruindo o que Deus realizou.
Sabiamente, as Igrejas Cristãs Históricas, conhecedoras das artimanhas do pecado do mundo, do engodo de algumas teologias ou convicções, lançam uma Campanha da Fraternidade Ecumênica que ataca toda forma de idolatria religiosa econômica. Em muitas situações se chutam representações de santos ou de Maria na acusação de serem ídolos. Mas por trás dessa prática se encontra o verdadeiro bezerro de ouro que motiva o desejo a destruir o que a humanidade construiu de sério.
A famosa teologia ou religião da prosperidade já é antiga, sempre combatida pelos verdadeiros profetas da bíblia, amplamente discutido e repudiado no livro de Jó e por Jesus. Tanto é que o próprio Jesus expressa a frase que ilumina a Campanha da Fraternidade 2010: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24). Nas cartas de São Paulo, há clara evidencia de uma teologia voltada de costas à cruz de Cristo e, diga-se de passagem, com Cristo pregado na cruz.
Há muitos por aí que se comportam como inimigos da cruz de Cristo: o fim deles é a perdição, o deus deles é o estômago, a glória deles está no que é vergonhoso e só pensam nas coisas terrenas (Fl 3,18-19), ou seja, é uma resposta por não aceitarem o escândalo da morte na cruz. Não aceitar esta cruz, não aceitar uma teologia do enfrentamento da dor, do sofrimento e mais ainda, de que Deus aí esta morrendo junto, sendo solidário com a dor e angústia humana, é não ser cristão.
Pois bem, as Igrejas Cristãs Históricas tem muito a ensinar sobre cristianismo e sobre Jesus para a humanidade. Elas são mestras, pais e mães. Silenciosamente, como um vovô ou um pai sábio, essas Igrejas-mães acompanham seus descendentes dando suas cabeçadas, defendendo suas ideias, rindo às vezes do absurdo, mas não deixando de falar quando lhe é permitido ou, às vezes, tomando a palavra e tendo que assumir a direção.
Está chegando a hora de convicções e de ensinamentos mais sérios, sólidos e verdadeiros. Basta de engodos, enganos, aproveitamentos pessoais travestidos de Igrejas ou de ensinamentos bíblicos. É preciso discernir; é tempo de discernimento, de saber quem é quem. Chegou a hora de vermos os frutos de tudo isso. Concluo com as palavras de Andrew Carnegie: “ao envelhecer, parei de escutar o que as pessoas dizem. Agora, só presto atenção no que elas fazem!”.
Pe. Edegar Soares de Matos
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